sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Encaixotando a vida e indo embora =p

Bom Dia pessoas! Para começar um aviso: estou mudando de casa e talvez fique um bom tempo sem postar, pois vou precisar cancelar  a net daqui e colocar outra. Pretendo ir escrevendo e postando a medida que der, mas se eu sumir ... DX vocês já sabem...
O segundo é que eu pretendo fazer um vídeo de despedida para os amigos, pois infelizmente não tem como eu encontrar com todos. Não sei quando vou fazê-lo, se aqui ou em Juiz de fora, ou se ele realmente vai dar certo, e portanto, se sair eu posto aqui no blog. Vai ser minha primeira experiência com uma câmera e com o youtube ( que tomara que dê certo)

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Amor Á vida: a novela que vai contra o nome - Parte 2

Olá minha gente!
Decidi continuar o outro post aqui, já felizmente eu desconfiei que ele estava ficando meio grande. Mas nada que uma continuação não corrigisse =D
Bem, continuando minha analise sobre a novela, chegou o momento de falar do Felix. Ah o Félix.
Divo dos homens e das mulheres. Matheus Solano na sua melhor forma. Para muitos, foi o que segurou a novela por muito tempo, mas eu penso diferente: foi atuação do Solano que segurou o Félix. O personagem é carismático, simples, e no entanto, irreal. Um pai de família que esconde sua opção sexual não poderia ser escrachado daquele jeito _um bom artigo do Jean Willi mostra isso aqui . Isso não enfraquece o personagem em momento algum, e sim mais uma vez a história. Mas numa coisa a novela não falhou: em mostrar a homofobia familiar, ocorrendo na "classe alta" , que prega não ter preconceitos. O doutor César despertou o ódio de muita gente, e deve ter feito refletir, por ser bem real: quem nunca escutou um caso de pai que agiu assim?
E agora  pessoal, eu vou mudar um pouco a estrutura desse post para ele ficar mais rápido e assim eu conseguir falar de tudo que queria comentar. São vários tópicos, partes da história e cenas que eu gostaria de comentar:

  • A Linda: foi um dos núcleos da história que apesar de ter sido ótimo para informar as pessoas sobre o autismo, acabou com uma polêmica que poderia bem ter sido evitada. Sim, falo do casamento que para muitos não podia existir por ela ser considerada incapaz (configurando então abuso), apesar do autor se defender falando que o autismo dela não era tão severo a esse ponto. Na minha opnião, se não era não deu para perceber com o espaço dado à novela para história,  e então, um casamento realmente não cola. Ela poderia namorar o Rafael, seguir a vida como artista, mas casar já seria algo mais complicado. Infelizmente ficou parecendo mais um casamento para encher a novela.
  • Me enfureceu a certa "falta de punição" à muitos personagens na novela, como por exemplo o Laerte que quebrou o protocolo de ética médica quanto à fertilização. E nada aconteceu, nem com ele nem com a Amarilys. Nenhuma prisão, processo, perda de licença, nada. Nem uma reprimenda. E falando na doutora, nem ser presa por sequestrar um bebê ela foi. Mas Carrasco, essa mulher é desequilibrada. 
  • E isso se formos pensar nos "pequenos" delitos ocorridos na novela. Mesmo provocando um acidente de carro que matou uma pessoa e sequelou outra, Pilar não vai ser presa? Tá o crime prescreveu (prescreveu? Advogados e conhecedores das leis, me expliquem). Pro Félix, mesmo sendo O Félix, idem. Achei sem lógica essa impunidade, enquanto a Aline ia presa e "pagando" todos os seus pecados _lembrando que toda a ira dela foi causada pelo o que a Pilar fez. E a forma como a Paloma tratou a mãe adotiva após saber disso foi pior ainda.
  • E falando nela, 'Pamonha", porque ter um filho mesmo sabendo das complicações? Não poderia adotar, tentar um método mais seguro _ afinal ela está dentro de um hospital. Deixar um bebê sem mãe é melhor que não ter? 
  • A forma como a mãe do Bruno terminou o relacionamento com o personagem do José Wilker foi horrível. Ela, ao mesmo tempo que inferiorizou a filha (ela não aguenta a verdade_ como ela sabe, a menina é tão boba assim?),enganou um homem que ela não vê a vinte anos e que se empenhava e consertar o que havia feito e o jogou nos braços de outra mulher. A única parte boa disso tudo foi o perrengue que ela fez o marido dela passar.
Enfim, esse foram meus comentários , tecidos a muito custo _esse post vai ao ar já na segunda semana de Em Família, que estou me esforçando para não assistir e fazer outras coisas. Espero que tenham gostado, e se tiver alguma coisa que vocês também acharam estranho/ ou não gostaram, postem aqui nos comentários. A gerência fica feliz =)

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Amor Á vida: a novela que vai contra o nome - Parte 1

 
Tirando ao música, a abertura foi a coisa mais foda da novela XD
 Bem, finalmente a "novela das nove" (é assim que ela é conhecida, então é assim que vou chamá-la) chegou ao fim após mais de 180 capítulos, eu acho, e digamos que dessa vez o final não foi tão escroto como  costuma ser nas novelas transmitidas pela Globo nos últimos ano. Foi uma novela que surpreendeu em diversos sentidos, bons e ruins _porque apesar do 1º beijo gay global, não podemos esquecer dos diversos problemas de lógica, continuidade e da história mesmo que aconteceram; vários sites apontaram isso ao longo da novela,e não deixaram de ter razão. Uma cena bonita e polêmica não apaga muitas cenas horrorosas de gordofobia e misognia, e personagens rasos, pelos quais francamente é dificil sentir alguma empatia ou compaixão, e dessa forma, entender suas atitudes. Pensando ao fundo, acho que faltou muito isso a trama: estabelecer uma relação com quem assiste. Muitas cenas, por mais dolorosas que sejam, tem um fundo de realidade, mas mesmo assim, não conseguimos nos identificar ali. Levei muito tempo para entender que o César (vivido bem demais pelo Antônio Fagundes) apesar de escroto, poderia sim existir na vida real. O fundo de surrealidade na história não permitia, e acho que isso pode ter atrapalhado muito na mensagem do autor na novela _se é que no final das contas ele tinha alguma para passar.
Amor à vida no final das contas se mostrou muito esquisita desde do ínicio, com personagens com atitudes muito contraditórias e inexplicavéis _como o Bruno não registrar a sua filha Paulinha, não seria dificil que ele conseguisse a adoção dela caso contasse a verdade; a atitude ignóbil da Paloma de não confrontar o namorado sobre a filha dele_ afinal, se ele tivesse realmente roubado a filha dela como ela "concluiu" ele NÃO se envolveria com a mãe dela certo? Isso são só dois exemplos do que aconteceu com muito personagens da novela, e esses dois eram o casal principal (pelo menos no ínicio).
Outra coisa que incomodou bastante foram as diversas cenas e personagens misóginas. A grande história em volta da piriguete  encheu, e olha que não foi por causa da Tatá Werneck, e sim da repetição do termo, mil vezes, por diversos personagens da trama. Ouvir todo dia, que ahh a PERIGUETONA, e  a periguete filha, não merecem ter ninguém, não ser mulher para casar, devem viver em condições horríveis porque não são moças de família, ahh você é um idiota por viver atrás dessa periguete realmente encheu. Principalmente por que vinha da família de um dos personagens principais da novela e poxa, ninguém contrariava o que era dito (será que realmente a "periguete" deveria ser julgada pela roupa que usava? E porque essa preocupação exagerada de ficar cuidando da vida dos outros?). Gosto do jeito exagerado do Fulvio Stefanini, mas o personagem dele _ vale lembrar que não é o primeiro desse tipo; era sim um machista misógno, não importa o quão engraçado ele soasse. Acho que ele podia ter sido melhor aproveitado, junto com muitos outros, como a Gigi, que praticamente entrou muda e saiu calada, e ao mesmo tempo tentando encontrar um marido que a sustentasse. Gente! Porque não mostrar essa mulher tentando contornar a súbita perda da riqueza ao invés de cair nesse esteriótipo?

Além disso, há o "famoso" Hospital San Magno, que se pareceu muito com uma adaptação da série Greys Anatomy, com a diferença de que nela há uma preocupação muito maior com os pacientes e com a medicina em si, além dos dramas amorosos e  existenciais da trama. A novela não chegou nem perto disso, e estereotipou da pior forma possível: comportamentos inadequados mostrados como normais, como um médico desmarcar todos os pacientes Todo dia, Toda hora, para ficar atrás sexo; comentários horríveis perto dos pacientes. Mostrar mulheres com câncer tentando recuperar a auto-estima não muda essa coisas lamentáveis que foram ao ar.
Sorry Caio Castro, mas sou mais Derek Sheperd
 Para complicar ainda mais, esse é o cenário da trama da Perséfone (Fabiana Karla), uma enfermeira que inicialmente não suportava a "terrível" ideia de não conseguir perder a virgindade e por isso se envolvia em todo tipo de situação ( que poderiam ser realmente perigosas se uma mulher resolvesse fazer isso). Além disso ela é gordinha, o que seria uma boa oportunidade para abordar a gordofobia, exceto se o texto não parecesse que acontecia numa sala de aula de quarta série, ao invés de num hospital. É verdade que preconceito não tem lugar e classe social, mas o comportamento dos companheiros e até "amigos" da Perséfone era deplorável. E a educação? E tipo, e o código de ética que deveria ser obrigatório no hospital? Quando ela se casa com o personagem do Rodrigo de Andrade, é aí que a coisa se torna mais rídicula. Comentários horrorosos até vai, mas "a você casou com uma gorda, gorda, gorda, gorda, nhenhenhe" é inexistente. Alguém avise para o Walcir Carrasco que os preconceitos são bem mais sutis do que ele pensa!
Mesmo assim, essa parte ainda salva um pouco, a partir do amadurecimento da personagem. A Perséfone vai se aceitar, e abandonar o marido que não consegue perceber seu preconceito interiozado, que vive falando para ela cuidar da saúde enquanto a empurra para dietas malucas. Acho isso importante, pois enfim o preconceito da quarta série parou e entrou em pauta a famosa gordofobia que persegue muita gente, transvestida no "melhor para saúde", "ah você não esforça, é preguiçosa".  Mostrou como é preciso muita coragem e autoconfiança para lidar com isso. apesar de não ter mostrado que isso não é tão fácil assim de conseguir

domingo, 2 de fevereiro de 2014

O rolezinho e as várias facetas atrás dele

.Já ouvi muita gente reclamando... Pessoalmente, eu não vi a confusão no dia e portanto eu não sei bem o que aconteceu. Uma reunião de jovens foi vetada de ir no shopping, por medo de sei lá,  lotação,  arrastão, funk alto? Eram mais de 600 pessoas, um número digamos, bem grande. O pessoal parece se encontrar no shopping e lá ficar, batendo papo, por exemplo. Convenhamos, não é algo muito diferente do que você e seus amigos fazem quando vão lá ( mas você nunca conseguiu juntar 100 pessoas concerteza). Mas esses jovens foram reprimidos pelo medo dos outros... por que? Eram jovems de classes mais baixas, o que estavam fazendo lá?  Aí você na tela do computador para e pensa: coisa boa não deve ser né? Lembra do arrastão, dos assaltos... só não se lembra que você também faz isso toda semana, ir dar um role no shopping.  Afinal de contas, era um rolezinho,  não é?
Eu sei que há os dois lados da situação,  que realmente houve roubos, e uma discriminação desses jovens por estarem lá apesar de não poder consumir. Eles "espantaram" a freguesia, mas ao mesmo tempo foram proibidos de ir e vir, num lugar considerado "público"(mas vale lembrar que é propridade privada). Eu queria expressar uns pontos que achei interessante  na discussão toda que surgiu.
Muitos falaram em um apartheid, mas isso é exagero.  Não dá para comparar as duas coisas, felizmente,  já que isso tornaria a situação pior. Isso não quer dizer que não houve discriminação racial e econômica,  e isso aconteceu sim. Gostei muito da comparação ao flash mob, que também é a reunião de um numeroso grupo de pessoas. Ele não seria barrado, talvez por ser considerado algo "de elite" ou "organizado". Então outros encontros não podem?
"Tem tudo é que apanhar e ir para cadeia mesmo". Ah, eu queria ver se fosse seu filho. Ah não esqueci, é aqueles muleques vagabundos_ que você não conhece e portanto nao sabe se é vagabundo ou não; que deviam estar na escola_ nas férias?  Tem cursos especias por aí.  Mas aliás,  nenhum curso é de graça.  Os acampamentos são bem carinhos. Só para você saber.
Isso agora sem contar os argumentos pseudointelectuais, de que esses meninos deveriam estar lendo, ouvindo música "boa". E eu posso rebater com argumentos econômicos de novo: livros e cd's no Brasil são caros e portanto pouco acessíveis as massas. Como você quer que todo mundo ouça pinlkfloyd se o CD custa quase 50, 00 reais? Sejamos coerentes, é complicado. Livros idem.  As bibliotecas tem que ser enormes, para comportar todo mundo.
Agora, uma coisa é certa: não há espaço para esses jovens. Não há um espaço para se ir onde não seja obrigatório consumir. Se é incomodo para quem não gosta de consumir, imagina para quem não pode? É hostil,  desafiador.  Os comerciantes ficam incomodados, afinal, essas pessoas não servem para eles _ a ideia é essa mesmo, a desumanização. Não fique horrorizado: você seria tratado do mesmo jeito numa loja destinada à uma classe muito superior a sua. Aí entrou a parte do capitalismo na história, que não adianta ignorar. Ele é excludente sim, e sempre alguém nao será bem vindo aos centros de consumo, pois afinal, lá lugar de comprar e  não de ficar dando rolezinho.
No final disso tudo, não é só pro pessoal do rolezinho que não há espaço. Não há lugares para se discutir, refletir,  tocar música e e divertir gratuitamente. É difícil recitar poemas, ler livros. Tudo hoje é complicado demais. Não há espaço para mais nada. E a repressão é sempre severa, e irracional. Dez mil de multa por ter entrado no shopping, por exemplo