segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Diário dos meus cabelos - históriaass (parte1)

        Bem, com as novas mudanças no site, comecei a escrever mais sobre coisas do meu dia-a-dia que eu acho interessante de contar, coisas não muito pessoais, ou sim, não sei. Uma dela é meu cabelo. Meu cabelo é um assunto interessante. Isto porque tem toda uma saga em torno dele, e também porque atualmente ele é castanho + azul + roxo, tentando ser cacheado entre outras coisa. Vou começar pelo histórico dele.
       Eu tenho dezenove anos, e a primeira fase do meu cabelo digamos, foi quando eu tinha uma 2, 5 6 anos, em que ele era cacheadinho, daqueles cachos médios fechados. É uma coisa que eu tento refazer até hoje, porque eu acho tão bonitinho, tão fofo, que penso, porque não? Daí uma amostra da fofura:

Bem mas aí entra uma coisa que eu descobri depois, que muita cacheada sabe e convive como uma louca, e que quando a gente tem pouca idade, acaba se tornando uma verdadeira sacanagem: os cuidados especificos para cuidar de cabelos cacheados são poucos conhecidos para o público em geral. Ou seja, um dia seu cabelo fica meio longo para o cacho se manter só com o creme, e você vê todo mundo penteando e vai pentear também, afinal toda "princesa" pentea os cabelos.
Ledo engano. Meu cabelo continuou ondulado por anos, mas sem uma forma bem definida. Não posso dizer que eu achava feio, porque sinceramente eu me preocupava mais em aprender a ler para ler turma da mônica sem ter que rasgar a revista (não sei porquê, mas a preservação das revistas lá de casa e  a o minha alfabetização tão bem relacionadas) e assistir desenho animado. Hoje vejo que infelizmente meus pais não sabiam _e não era obrigação deles saber na verdade, tinham preocupações mais sérias; de como pentear um cabelo com mais cuidado, de como usar a hidratação  e de evitar que o cabelo fique arrepiado.
E quando o seu cabelo fica cheio de frizz, sem uma forma "definida", qual é a opção primordial que todo mundo te indica para ficar "bonito"?  A escova é claro. E aí entra o parêntesis, que eu acho importante definir: eu não sou contra fazer a escova, e muito menos do que eu vou falar depois, que do alisamento químico. Não sou. Se quiser faz. Mas pelo amor de Deus, não vira para uma menina de sete anos e diz que o cabelo dele é horroroso e que só salva fazendo uma chapinha todos os dias ou fazendo um alisamento que ela não sabe os riscos. Isso não é a mais pura verdade universal, é a sua opinião que pode tá sendo muito bem egoísta, preconceituosa e cruel com  alguém jovem e com a vida toda pela frente _ que vai passar parte dessa vida se torturando um pouquinho por dia porque o cabelo dela é "feio".
Pois bem, iniciei minha epóca de escovas para festas e eventos especiais, porque eu não sabia fazer escova em casa e muito menos minha mãe, que também trabalhava. Ficava lindo, mas já era um trabalho extra para manter. Tinha que fazer touca, correr da chuva. Mas valia o investimento, porque eu recebia elogios. 



Enfim, espero que tenham gostado, este post continua em outros, e já pretendo começar o diário. =)

domingo, 28 de dezembro de 2014

Meu Natalzinho

         

             Gente o Natal passou e eu ganhei presente sim uhuull! e eu só comecei o post agora no dia 28. Eu pensei e escrevi um pouco antes mas não chegou numa conclusão que me satisfazia. Preferi adiar e reescrever tudo. Pois bem, considerei meu natal esse ano muito bom. Excepcionalmente bom, como há muito tempo não me sentia nessa data. E isso não foi nem por causa do que teve na ceia, por causa dos presentes ou da companhia. Ou melhor, foi por causa da companhia sim, mas ela não era nova.
              A melhor parte do meu natal não foi a ceia. E isso foi novidade. A melhor parte foi a preparação, mesmo que corrida e cansativa. Pela primeira vez cozinhei no natal, participei do que teria nos detalhes, me senti incluída e não só mais uma esperando pela ceia e pelo Papai Noel que não vem. Sim, não só a ceia farta e a união com todas pessoas faz a felicidade. Preparar tudo com minha mãe, passando por situações engraçadas (eu ligando a batedeira antes de colocá-la na massa, por exemplo XD), mas estando perto, trocando segredos, novidades. Me senti muito feliz naquele momento, incluída numa rotina na qual geralmente não participo, e que achava não ser importante eu participar. Mas me fez lembrar uma coisa: ajudar nunca é demais, e demonstrar o interesse pode revolucionar as relações.
            Isso foi o meu natal. O momento da ceita foi sublime, comer o que preparamos, comer com gosto. A melhor parte, a mais divertida, tinha sido à tarde. Mesmo assim a noite foi boa, tranquila,  em paz. Com clima de missão cumprida e amor. Como deveria ser =3

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O Porquê

           
(Foto meramente ilustrativa que eu achei legal por aqui Rs)

           Para explicar o porquê desta página linda e fofinha que eu tenho aqui, eu tenho que contar de onde tudo começou:

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             Tá, tem não sei quantos anos que eu estou com esse blog, postando de poucos em poucos, sobre os mais diversos assuntos. Eu o comecei porque eu gosto de escrever, e gosto de expor minha opinião, de debater e de ler sobre diversos assuntos. Isso mesmo apesar de eu acreditar que a grande maioria das pessoas (eu inclusa muitas vezes) não sabe expor sua opinião e discutir com quem tem opinião contrária _ por causa da nossa educação que não nos ensina a refletir e a agir em grupo e sim dar resposta rápidas e ser o mais autossuficiente possível, entre outros motivos. Discutir e saber conviver é importante, e no momento em que temos muitas ferramentas para isso, vive-se em um clima de grande tensão, de "guerra" o tempo todo, de pessoas defendendo outros como se essas pessoas fossem ser destruídas pelos comentários da internet.
              Então, eu criei esse blog em 2008, eu acho, quando todo mundo estava criando. Eu achava, e acho, muito legal essa possibilidade de escrever o que quiser e outras pessoas poderem ver. Atualmente, acho ainda que esse veículo é uma grande possibilidade de expor minha criações artísticas _eu pretendo me tornar desenhista e ilustradora, e outras coisas da minha mente. Portanto, quero usá-lo para isso também, ao invés de apagá-lo e criar outra página em outro site, como também pensei em fazer. Também é uma questão de comodidade, já que eu mexo à mais tempo no Blogger.
               Enfim, então pretendo postar mais coisas diversificadas, colocar links para os meus portfólios, postar sobre artistas, sobre filmes, contar um pouco da minha vida se eu achar que devo, entre outras coisas que eu achar legal escrever sobre. Espero que vocês leitores gostem tanto quanto eu espero gostar de escrever.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Reinicializado o blog

                    Primeiramente bom dia, ou boa tarde. Finalmente tive tempo de me dedicar ao meu blog, e dar a renovadamque ele estava precisando há algum tempo. Tive algumas ideias de novas coisas para escrever, novos temas e trabalhos para apresentar. Meu afastamento do blog se deu pela dificuldade de conciliá-lo com o curso superior (vai ficar esse nome pois eu acho estranho falar facul pois estou numa universidade,  e mesmo assim acho mais esquisito ainda falar universidade toda hora, é uma palavra grande. Enfim.....), eu achei que finalmente poderia escrever em paz, mas não foi o que aconteceu.
                     Não sei porque estou falando isso, mas acho que devia deixar um prólogo para este reinício. Eu queria primeiro fazer umas mudanças no layout (seria isso?)  Para poder postar, mas eu estou bem ansiosa, então as postagens vão vir primeiro. Sintam-se numa  casa em obras, pois estou fazendo as coisas devidamente no meu tempo, o que é importante num trabalho assim.
(Amostra de realmente eu estou fazendo os detalhes deste bloguito. Logo logo eles vão estar no ar =D)

Enfim, sejam bem-vindas e bem-vindos ao meu bloguinho, espero que vocês gostem e achem interessante. Essa é a primeira de muitas postagens que virão por aí. Aguardem.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

SITE EM MANUTENÇÃO - MUDANÇA DE VISUAL

Gente estou aqui para avisar que esse site vai entrar em manutenção. Estou cheia de ideias para ele, e novos textos para escrever, mas como infelizmente não estava levando isso para frente, o blog ficou meio abandonado. Então eu vou estar mexendo nele nos próximos dias, para ele ficar mais minha cara (não mudo o layout dele há 2 anos), e agradar mais, já que tem recebido pouquinhas visitas =B
Bem é só isso mesmo. Beijões e até no futuro.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Review da série: Dupla Identidade (epi 1 e 2)

         Algum tempo atrás, surgiu um boato que a Globo lançaria uma série policial, a primeira de emissora sobre um assassino em série. Uma grande novidade, exceto se você nunca viu CSI's (no plural mesmo), Bones, Castel ou até mesmo American Horror Story (que estreou essa semana e me fez virar a noite assistindo em inglês entendendo coisas diminutas). Okay, é a primeira vez que uma série brasileira abordará exclusivamente o assunto, e  a polícia forense de brinde, algo que eu tenho muita curiosidade danada de saber como funciona especialmente no Brasil.
         Pois bem, e a autora que assumiu essa tarefa foi a Glória Perez, logo ela do desastre que foi Salve Jorge, e eu fiquei com o pé atrás. Será? Nunca vi ela escrever sobre o assunto, apesar que a triste experiência de vida dela ( o assassinato de sua filha Daniela Perez) poder ajudar muito. Mas convenhamos: materiais eles tem de sobra, tanto nas séries e filme sobre o gênero, como nos casos policiais registrados por anos. E por fim, assisti a estréia há duas semanas atrás e o segundo episódio mais recentemente, já que o horário dessa série também não ajuda (Grande novidades... Globo sempre ajudando sua audiência, enfim...).
        E agora eu destaco aqui os pontos bons e ruins que eu vi nesses dois episódios, na série até agora


Pontos Bons:

  1. A pesquisa em cima do assunto foi muito bem feita, tanto na composição da personalidade dos personagens quanto da parte cientifica e policial do assunto.
  2. Os atores foram escolhidos à dedo, e realmente se interessaram em fazer o papel. 
          O Bruno Glagiasso realmente aprofundou no papel, e fez o teste de seleção para ser escolhido. Ele e a atriz Luana Piovanni não se falam nos sets, para manter o clima de puro estranhamento entre os dois personagens. Ou seja, é um trabalho primoroso dos atores em cima das cenas que recebem. E eles realmente ficam no pé de atores como Zachary Quinto, Ted Danson, William Petersen.
     3. O trabalho de escolha da cor e da fotografia são maravilhosos. O uso de cores frias, tons de azuis, ambientes sombrios, torna o ambiente mais tenso e ao menos tempo faz com as personagens transmitam pouca sensibilidade ao telespectador. Semelhante ao psicopata.
   4. Juntar política, a política brasileira, no meio da coisa toda. Assassinatos em série chamariam a atenção do público, e com certeza chegaria até aos políticos mais influentes. Qual atitudes eles tomariam? Iriam tentar interferir, sim ou não e com segundas intenções?  E se um estivesse envolvido na investigação desses crimes, como proceder? O Senador Oto é um ótimo exemplo pros dois casos, principalmente pelas ações desastradas que toma, e pela trama que Edu o envolve.
Pontos Ruins:
     1. A série tem uma ótima pesquisa sobre Serial Killers AMERICANOS. E os brasileiros?
Pois é, e antes que você me diga que aqui não tem, digamos, só nomes como Chico Picadinho, o Maníaco do Parque, Maníaco da bicicleta entre outros já davam uma série inteira. Entendo que a doutora estudou nos E.U.A. e tudo mais, mas  esses assassinos em série já foram estudados no exterior. Porque de fato ela não fala nada sobre eles?
     2. A postura da doutora. E dos agentes em si.
A interpretação de Luana Piovanni está muito boa, mas a personagem ficar, a cada vez que aparece, dando uma aula sobre como um psicopata age, sem ao menos dar uma base do que realmente está acontecendo ao telespectador, é dose. Mais dose ainda é parte da equipe do investigador Dias agir como se de fato os crimes não fosse algo grave como de fato é, e considerar um crime "comum" ou de "rotina".
(ABRE PARÊNTESES URGENTE: enquanto eu pesquisava mais nomes de seriais killers brasileiros, encontrei um chamado o Monstro do Morumbi, que tem praticamente o mesmo modus operandi do Edu na série: http://noticias.terra.com.br/brasil/assassinos-em-serie/. Se for o que estou pensando, retiro o que disse sobre a falta de pézinho brasileiro na série. Acertou em cheio embasando a série numa série de assassinatos que realmente aconteceu).
    3. A utilidade do núcleo do senador. Mesmo que a ideia de envolver questões políticas sejam uma boa, deve-se dozar o que vai ser apresentando, porque, sério, como pode-se perder minutos num escândalo de corrupção, enquanto um psicopata está matando por aí? São duas boas histórias, e talvez combiná-las possa gerar um considerável confusão o público.


terça-feira, 2 de setembro de 2014

E viva a ilusão: Blue Jasmine (2013)

 Blue Jasmine é o segundo filme dos indicados ao Oscar de 2014 que assisti. Primeiro, fui muito pelo fato dos outros não estarem disponíveis _ e eu nem ter lembrado de Gravidade, que me motivou a pegá-lo. Outro foi logicamente o seu autor, Woody Allen, e a estética maravilhosa do filme _grande escolha de cores, nuances, luzes, que seduzem muito nosso olhar para o mundo idealizado do autor e da personagem; algo que vou falar mais a seguir.

Nunca vi um filme do Woody Allen, pelo menos que eu lembre de ter assistido pensando "ah este é o Allen", então resolvi ficar atenta. Falam muito sobre ele, inclusive sobre sua abordagem sempre da decadência das elites, da exuberância dos cenários, das históricas melancolicas e reflexivas.
O cenário de Blue Jasmine realmente é incrível, com cores exuberantes, uma atmosfera rica de detalhes, com um tratamento de imagem esmerado. Devemos lembrar que nada ali é por acaso é claro, já que é o visual da película que vai envolver-nos no universo de Jasmine, ou Jannette, que troca de nome para conseguir ascender socialmente casando-se com um marido rico, que posteriormente é acusado de corrupção e suicida-se na prisão, deixando ela  pobre e sozinha. Sua irmã irá acolhe-la, mostrando assim um outro lado da vida da personagem que ela não aceita: o do subúrbio, porque me desculpe eu não consigo considerar ninguém daquelas pessoas ruins de vida.

Pois bem, Jasmine não aceita ser pobre. Ela também não aceita que seu casamento é de aparências, que perdeu todo o glamour que já teve um dia. E até aqui, a premissa do filme é muito boa, pois a vemos em surto literalmente (apesar de isso nunca ser explicitado, ninguém saber porquê, talvez tentando manter o caratér lúdico/real da obra). Porém, você não consegue sentir empatia pela pertubada Jasmine, nem pela irmã dela que constantemente é humilhada e rebaixada por aquela. Eu só consigo exprimir isso como uma "falta de informações", ou de cenas que nos permitam conhecer mais os personagens, entender suas motivações. Tudo fica "sugerido", mas essa sugestão mesmo não é tão enfatizada ao ponto de tocar o telespectador. Entendam: tudo bem ser sutil, mas quando você não consegue gostar ou sentir empatia por ninguém na história, você não se envolve. Algo está errado.

E apesar da interpretação de Cate Blanchet (que ganhou o Oscar) salvar muito o filme, ela não salva o roteiro, a impressão de que estamos sendo enganados, de que o Allen tá me fazendo assistir um filme e não vai me oferecer o que ele  propõe. E ele proporia uma reflexão sobre  busca desesperada por "sucesso", fingindo ser quem não é e criando uma auto-imagem perturbada e distorcida. porém não é isso que vemos no final, pois Jasmine termina de enlouquecer, sozinha e abandonada. Tudo que acontece no filme é por causa de loucura? Claro que não, ela buscou passo-a-passo, a ideia apregoada do que é sucesso. Cabe dizer que isto não é loucura; não está distante da realidade, e que muitas pessoas que conhecemos estão na busca pelo mesmo. A ilusão de Blue Jasmine não é dura por levar a insanidade, e sim por estar próxima de nós demais para podermos ignorar.

sábado, 14 de junho de 2014

O Lobo de Wall Street e a questão da superficialidade na vida -Review

Em primeiro lugar Boa Noite, segundo, iniciei a sessão de filmes 2014 de forma bem positiva: consegui assistir dois que foram indicados ao Oscar, antes que a próxima premiação saia. 0/ Sério, parece brincadeira, mas o meu plano inicial era assisti-los antes. Falhei =/
Mas enfim, já comecei essa empreitada, pelos aplaudidos O Lobo de Wall Street e Blue Jasmine. O segundo vem no próximo post.

O Lobo de Wall Street foi um dos que mais me interessou, não só por ter o Leonardo de Caprio (mas isso sempre contribui), como também por contar uma área sobre o que pouco ouvi falar: o mercado imobiliário. Como vivem, o que se passa lá no meio, e principalmente, anos 80 e 90, que a gente não vê muito em livros e no cinema, apesar de ele ter perfeitas condições de ser explorado pelos cineastas atuais.
Este filme de Martin Scorsese é baseado numa história real, a de Jordan Belfort, corretor de ascensão meteórica na bolsa de valores, que foi preso por fraude e corrupção. Se ele exagera ou não, não faço ideia. Mas que é genial, é.  Em primeiro, o personagem narrar sua própria história, em tempo real e também como flashback. Ás vezes parece que ele está a apresentar seu próprio programa, contar a sua vida numa entrevista. A interação do Di Caprio nesse ponto é incrível. Ele se supera a todo momento, sejam nas expressões hilárias de Belfort, na lábia incrível ao telefone, na transfiguração do bom homem num sujeito desprezível, na mesma cena.
Porque na verdade, não importa o quanto as orgias e o consumo excessivo de drogas pareçam ser engraçados ou desejáveis (para mim não), esse pessoal do filme é desprezívél. Não se encaixam em nenhum tipo de personagem clássico, pois não tem nada que o atraiam, uma história, uma característica, e isso não aparece posteriormente, como costuma acontecer quando os personagens são "comuns". Eles são simples, ao ponto de serem sim medíocres. Medíócres, pois não foram capazes de se controlar _ dois vão morrer por causa de drogas e problemas pessoais, sendo que porra, eles tinham todo o dinheiro do mundo; não muito inteligentes _convenhamos, Jordan teve muitas oportunidades de não ter sido pego, mas o ego e/ou a mente pequena não deixaram, isso fica claro. Essa é a constante que me prendeu durante todo o filme: o personagem não se regenera, não muda. Ele só consegue piorar até o final. Não desenvolve-se profundamente até o final do filme; ele não consegue sair do jogo de venda e troca que aprendeu em Wall Street. Até nas relações emocionais ele é assim: uma questão de vender seu peixe e conseguir, como ele fez com a segunda esposa.

Alias, esse passa a ser o ponto de virada do filme, quando as coisas passam a dar muito errado para Belfort. Sua separação e posterior  casamento, constituição de família coincidem com sua queda, pois ele não consegue mais aceitar estabilidade em sua vida. Querer sempre mais é o que chama a atenção do FBI para sua empresa, o vai afastando da esposa e o quase faz ter um overdose ao experimente várias pílulas velhas. A busca de estar sempre no "topo" marca novamente o vazio que é a vida do personagem, incapaz de perceber estímulos que não explodam em sua mente. E não é só com ele que isso acontece: sua esposa e seus sócios também dão demonstração de quanto estão perdido no turbilhão de riquezas, que parecem perder rápido sua capacidade de mobilizar a nossa atenção.

Aí é que entra a questão da superficialidade, tão notável nesse filme que eu resolvi por no título. Jordan não entendeu, mesmo após preso, que tudo na vida trás consequência, e o mais curioso é que isso não parece fazer falta, pois tanto na filme como na história original, hoje ele está bem de vida. Dá até palestras para as pessoas que supostamente lesou. Digo: uma pessoa te ferrou e você quer ser igual à ela. Como pode? Que valores são esses?
Infelizmente, esse filme não ganhou nenhum dos oscars que concorreu, em parte porque acho que jamais a Academia permitiria ganhar um filme com tantas imoralidades assim. Pois no final das contas, a história não toma partido, não aponta nada como errado, cabendo a cada um a interpretação. Um nó bem cego, e fabuloso que me prendeu durante todo o filme.

domingo, 20 de abril de 2014

Review: As Crônicas de Gelo e Fogo - A Guerra dos tronos

          Boa Noite Gente!
         Finalmente após um longo e tenebroso inverno (ou verão), eu retorno com os posts. Finalmente com inspiração para escrever e novidades para contar. A primeira é que finalmente conseguir comprar o primeiro volume das Crônicas de Gelo de Fogo de George R.R. Martin. A segunda, não tão correta, é que baixei os outros 4 livros, por não ter dinheiro para comprá-los no momento ._. E a terceira, é que finalmente passei da primeira temporada de Game Of Thrones, e já estou no meio da terceira (sim, perto de você que viu sabe o quê). Enfim, trago a vocês minha resenha sobre o primeiro livro dessa saga fantástica escrita por Martin! 

        (Detalhe para esse ser um dos poucos livros cuja a capa Brasileira é tão legal quanto a Original_ não sei se é a original, mas vá lá) =3


            Guerras dos Tronos foi escrito em 1996, apesar de só ter chegado ao Brasil em 2010 pela editora LeYa _ sim, 14 anos depois, em grande parte por causa da adaptação estreando na HBO . Estávamos perdendo muita coisa infelizmente, pois o livro, além de bem-escrito, segue um estilo único que poucas vezes eu tinha visto: o detalhamento sem ser chato e desnecessário, de forma que ele funcione na história. Sério, o cara escreveu quase 600 páginas, detalhando Westeros e os pontos de vista dos personagens de uma forma incrível, em que realmente parece ser uma pessoa normal contando o dia-a-dia dela para você. Não se torna chato por que você se envolve com a história, seus personagens _apesar de não conseguir gostar de todos.
         E tem mais uma coisa, aquele famosa caracterítica que deixou G.R.R. Martin famoso: a fuga de fórmulas. Ele não pretende salvar o mocinho, não dá para dizer quem vai ganhar o final, e se você parar para refletir bem, quem você está torcendo não tem lá muita chances de ganhar (vide eu com a Daenerys). Ele dá uma dose de realismo para seus personagens que chega realmente a ser dolorida. 

(ALERTA GIGANTE DE SPOILER: pois bem amiguinhos, a partir daqui tem spoiler. Pode não ser tanto para te alertar, mas é o suficiente que eu quero pôr. Portanto, você foi avisado, e não tem direito de ficar de mimi por aqui) 


Você sabe que pessoas como aquelas, fracas, iludidas, infelizes obssessivas, realmente existem. E que elas podem ter um destino tão ruim como ser bem felizes _ou melhores que você, entre aspas. Essa é a grande meta do livro. Ele não só mexe com a previsibilidade, como também com o nosso brio, o que imaginamos de nós mesmos. Torcemos para os personagens terem uma série de reações que nem nós teriamos naquela situação _ e ficamos frustados, pois nos identificamos com eles nas qualidades e defeitos. E doí perceber lá no fundo que você é bem parecido com a personagem que é considerada uma idiota, ou fraca.

         E doí também perceber que a vida não simples tampouco justa: o homem considerado mais intégro e honrado na série morre logo no primeiro livro (e infelizment e por uma série de fatores, dá para considerá-lo sim um idiota). Isso traz o questionamento: vale realmente ser honrado e tentar seguir regras que você nem sabe quem criou, ou vale viver pelas suas próprias, lutando pelo o que você considera de valor? Existe justiça, pelo menos na forma como concebemos? E quem será o mais esperto:  a rainha que consegue virar todos contra a Mão fraca, o tesoureiro que finge estar do lado de todos quando na verdade só age em benefício próprio, ou o mestre dos segredos, que não tem confiança em ninguém mas acaba conseguindo a confiança de todos? 
         Enfim, o livro me surpreendeu por me prender mais de 3 horas seguidas na sua leitura, e por ser realmente bem escrito, como já falei. Acho que isso ocorre porque seu autor também é roteirista de TV, o que realmente influi na forma como ele escreve o livro. Ele sabe o que está fazendo, e gosta, e vai te envolvendo no enredo. Espero que ele ainda possa escrever muitos livros (terminar a saga incluso), porque realmente é um tipo de escrita e história raras que eu gostaria muito de continuar a ler.
Sim, eu adoro essa imagen HAUSHAUH.

domingo, 16 de março de 2014

É preciso deixar Helena

         A novela Em Família não me surpreendeu. Não engata na minha mente mais uma novela feita no Leblon _ não dá para desconsiderar  o período de Goiania, mas mesmo assim; onde é mostrada uma família aparentemente feliz que na verdade vive a ponto de desmoronar (então  na verdade ela nunca foi feliz mesmo).
       Confesso que de início não assisti: a falta de televisão paga, internet e computador (que não ligou até depois do carnaval) me forçaram. Queria dedicar o tempo em que assistiria novela para fazer outra coisa, já que vou começar a universidade e  precisarei de todo tempo possível para estudar. Mas o pouco tempo que vi. pude perceber várias coisas, entre elas o ótimo trato que ele dá a questão de fixação no passado, que persegue essa família e a maioria dos personagens. Dá pra perceber que uma coisa mal-resolvida pode te perseguir por muito tempo. No caso da novela você percebe que nada foi resolvido e não há um esforço para isso acontecer, como eu vi no capítulo de hoje (5/03). E portanto as personagens agem de maneiras arbitárias, como é o caso da Helena (Julia Hemertz), título do post. Não é dela que eu irei falar e sim dos personagens ao redor como o Laerte e do Virgílio, que a acusam de controladora, mimada e impulsiva.
         E estão certos, já que Manoel Carlos traça esta Helena para ser odiável e querida ao mesmo tempo, e assim dificilmente ela é questionada, ou parada mesmo. Porque, se alguém fica te enrolando, fazendo ciúme toda hora você  deveria matar seu melhor amigo dar um tempo com dela  e deixar claro que não está feliz.  E não ficar dando chiliquezinhos machistas como no caso do Laerte, que agiu da pior forma possível nessa situação. E abre parênteses agora: a forma como a Helena o tratou pode ter contribuído para o ciúme entre amigos, mas jamais justificaria todas a atitudes machistas e a tentativa de assassinato contra o Virgílio. Não, ela não tem culpa do Laerte ser um babaca mimado e insensível, além de seriamente alterado mentalmente, por mais que a mamãe dele ateste o contrário.
        Ponderando isso aí, é aí que eu quero chegar: o ciúmes, causador da tal tragédia na novela, poderia ter sido evitado? Aí que a história falha, pois poderia sim. E acaba caindo no lugar comum que infelizmente  aterroriza muitas mulheres no Brasil. Existe sim um jeito melhor de lidar com essa situação, com bom-senso e um pouco mais de consciência _algo raro nos dias de hoje, e que portanto não custaria nada se fosse mostrado numa novela como algo normal. Claro que o ciúme do Laerte é doentio, mas o outro lado da moeda, o Virgílio também sofre calado com as crises da esposa, com a falta de dialógo no relacionamento e muito mais. Talvez seja uma lógica muito simples e inocente, mas pergunto:  por que nenhum dos dois dá um fora nela?
       Gente, vamos ser honestos, pois se uma relação não te deixa confortável, mesmo após um bom tempo de insistência, é porque não vale a pena continuar. Eu queria ver o que aconteceria se algum dos dois rejeitasse a Helena _não de uma forma babaca, por favor. Simplesmente dissesse não, não aguento mais a forma como você age, temos que discutir nossa relação. Postei no twitter que "um fora dado na Helena e essa novela não teria mais assunto", mas isto não é verdade, ela não acabaria por causa disso. Pelo contrário, teríamos  uma abordagem diferente de um mesmo triângulo amoroso, um exemplo que talvez valesse mais a pena. E que uma coisa fique clara: "perder" nem sempre é ruim. O Vírgilo de agora que o diga, pois convive com uma mulher corroída pela culpa e insatisfação.
       Concluindo, infelizmente "Em Família" não mostra que mesmo no amor é preciso ter limites,  e isso não significa que esse amor não é incondicional, mas sim que o amor próprio, a saúde emocional devem vir em primeiro lugar, para evitar desastres que às vezes não podem ser reparados

quinta-feira, 13 de março de 2014

Quando você deve se preocupar com seu peso

SIM:

  • Quando ele te atrapalhar de andar.
  • Quando você come compulsivamente, porque se sente triste, deprimido ou ansioso. E já fez isso mais de sei lá, 2 ou 3 vezes por semana.
  • Quando você tem problemas que podem se agrava com o peso. Exemplo: diabetes, pressão alta.
NÃO

  • Porque acha que assim vai se sentir mais bonita. Emagrecer realmente é a garantia de que isso vai mudar? Não será realmente alguma coisa mais interna?
  • Por causa de bullying. Infelizmente as pessoas tem tendência a serem babacas e por isso, fazem de tudo para outras pessoas se sentirem mau. Emagrecer não porque quer e sim porque outra pessoa falou pode ser uma armadilha mais perigosa ainda para auto estima
  • Por que quer ficar igual ____ (digite o nome e alguém famosa e magra a seguir). Olha, essa ideia de ficar "igual" a alguém é complicada. Ás vezes nem irmão gêmeos podem parecer iguais. Cada um tem um biotíopo diferente e emagrecer não significa que você vai ficar igual uma modelo, pode ser que no final das contas você não fique satisfeita e persista numa coisa que é impossivel para você _o que não é uma coisa ruim, muito pelo contrário. 
           Escrevi isso aqui hoje para falar desse assunto infelizmente muito distorcido por todos os lados. Já tinha postado um texto que fiz sobre a anorexia, mas o conhecimento que tenho adquirido ultimamente me deixa profundamente desgostosa com algumas coisas que vejo principalmente na internet.
          Infelizmente, a preocupação em ser magro e esbelto ainda é um padrão muito difundido em todo mundo, principalmente entre as mulheres, onde se torna praticamente uma obrigação. Esquece-se de milhares de fatores _biotipo, IMC, predisposição genética, ossatura (tá certo isso que escrevi gente?); que influencia na forma no corpo humano. Portanto não é só, só o comer que vai decidir ou não. Parecem que muito pouca gente se lembra disso.
          Mas para combater isso já estão surgindo iniciativas que propõem a auto-aceitação do corpo, o que é muito bom. Seja gordinho, magrelo (também sofre preconceito gente), o importante é se amar, e não deixar de amar só porque alguém falou que é horrível porque não é daquele jeito (insira aqui uma característica muitas vezes oposta a outra criticada). Mesmo se alguma mudança é necessária, precisa-se primeiro de uma mudança interna, para só assim a mudança ser duradoura (lembram-se do regimes malucos que não deram certo? enfim, é isso aí).
          Por fim, é preciso menos emagrecimento e mais atenção para procurar ser feliz, correr riscos e buscar novidades. O peso, por mais escandaloso que isso soe, deve ficar relegado ao depois. Sei que o assunto é bem  mais complicado do que eu apresentei aqui, mas de que adianta carregar a vida como um fardo por causa de uma coisa tão susceptível como comida ?

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Encaixotando a vida e indo embora =p

Bom Dia pessoas! Para começar um aviso: estou mudando de casa e talvez fique um bom tempo sem postar, pois vou precisar cancelar  a net daqui e colocar outra. Pretendo ir escrevendo e postando a medida que der, mas se eu sumir ... DX vocês já sabem...
O segundo é que eu pretendo fazer um vídeo de despedida para os amigos, pois infelizmente não tem como eu encontrar com todos. Não sei quando vou fazê-lo, se aqui ou em Juiz de fora, ou se ele realmente vai dar certo, e portanto, se sair eu posto aqui no blog. Vai ser minha primeira experiência com uma câmera e com o youtube ( que tomara que dê certo)

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Amor Á vida: a novela que vai contra o nome - Parte 2

Olá minha gente!
Decidi continuar o outro post aqui, já felizmente eu desconfiei que ele estava ficando meio grande. Mas nada que uma continuação não corrigisse =D
Bem, continuando minha analise sobre a novela, chegou o momento de falar do Felix. Ah o Félix.
Divo dos homens e das mulheres. Matheus Solano na sua melhor forma. Para muitos, foi o que segurou a novela por muito tempo, mas eu penso diferente: foi atuação do Solano que segurou o Félix. O personagem é carismático, simples, e no entanto, irreal. Um pai de família que esconde sua opção sexual não poderia ser escrachado daquele jeito _um bom artigo do Jean Willi mostra isso aqui . Isso não enfraquece o personagem em momento algum, e sim mais uma vez a história. Mas numa coisa a novela não falhou: em mostrar a homofobia familiar, ocorrendo na "classe alta" , que prega não ter preconceitos. O doutor César despertou o ódio de muita gente, e deve ter feito refletir, por ser bem real: quem nunca escutou um caso de pai que agiu assim?
E agora  pessoal, eu vou mudar um pouco a estrutura desse post para ele ficar mais rápido e assim eu conseguir falar de tudo que queria comentar. São vários tópicos, partes da história e cenas que eu gostaria de comentar:

  • A Linda: foi um dos núcleos da história que apesar de ter sido ótimo para informar as pessoas sobre o autismo, acabou com uma polêmica que poderia bem ter sido evitada. Sim, falo do casamento que para muitos não podia existir por ela ser considerada incapaz (configurando então abuso), apesar do autor se defender falando que o autismo dela não era tão severo a esse ponto. Na minha opnião, se não era não deu para perceber com o espaço dado à novela para história,  e então, um casamento realmente não cola. Ela poderia namorar o Rafael, seguir a vida como artista, mas casar já seria algo mais complicado. Infelizmente ficou parecendo mais um casamento para encher a novela.
  • Me enfureceu a certa "falta de punição" à muitos personagens na novela, como por exemplo o Laerte que quebrou o protocolo de ética médica quanto à fertilização. E nada aconteceu, nem com ele nem com a Amarilys. Nenhuma prisão, processo, perda de licença, nada. Nem uma reprimenda. E falando na doutora, nem ser presa por sequestrar um bebê ela foi. Mas Carrasco, essa mulher é desequilibrada. 
  • E isso se formos pensar nos "pequenos" delitos ocorridos na novela. Mesmo provocando um acidente de carro que matou uma pessoa e sequelou outra, Pilar não vai ser presa? Tá o crime prescreveu (prescreveu? Advogados e conhecedores das leis, me expliquem). Pro Félix, mesmo sendo O Félix, idem. Achei sem lógica essa impunidade, enquanto a Aline ia presa e "pagando" todos os seus pecados _lembrando que toda a ira dela foi causada pelo o que a Pilar fez. E a forma como a Paloma tratou a mãe adotiva após saber disso foi pior ainda.
  • E falando nela, 'Pamonha", porque ter um filho mesmo sabendo das complicações? Não poderia adotar, tentar um método mais seguro _ afinal ela está dentro de um hospital. Deixar um bebê sem mãe é melhor que não ter? 
  • A forma como a mãe do Bruno terminou o relacionamento com o personagem do José Wilker foi horrível. Ela, ao mesmo tempo que inferiorizou a filha (ela não aguenta a verdade_ como ela sabe, a menina é tão boba assim?),enganou um homem que ela não vê a vinte anos e que se empenhava e consertar o que havia feito e o jogou nos braços de outra mulher. A única parte boa disso tudo foi o perrengue que ela fez o marido dela passar.
Enfim, esse foram meus comentários , tecidos a muito custo _esse post vai ao ar já na segunda semana de Em Família, que estou me esforçando para não assistir e fazer outras coisas. Espero que tenham gostado, e se tiver alguma coisa que vocês também acharam estranho/ ou não gostaram, postem aqui nos comentários. A gerência fica feliz =)

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Amor Á vida: a novela que vai contra o nome - Parte 1

 
Tirando ao música, a abertura foi a coisa mais foda da novela XD
 Bem, finalmente a "novela das nove" (é assim que ela é conhecida, então é assim que vou chamá-la) chegou ao fim após mais de 180 capítulos, eu acho, e digamos que dessa vez o final não foi tão escroto como  costuma ser nas novelas transmitidas pela Globo nos últimos ano. Foi uma novela que surpreendeu em diversos sentidos, bons e ruins _porque apesar do 1º beijo gay global, não podemos esquecer dos diversos problemas de lógica, continuidade e da história mesmo que aconteceram; vários sites apontaram isso ao longo da novela,e não deixaram de ter razão. Uma cena bonita e polêmica não apaga muitas cenas horrorosas de gordofobia e misognia, e personagens rasos, pelos quais francamente é dificil sentir alguma empatia ou compaixão, e dessa forma, entender suas atitudes. Pensando ao fundo, acho que faltou muito isso a trama: estabelecer uma relação com quem assiste. Muitas cenas, por mais dolorosas que sejam, tem um fundo de realidade, mas mesmo assim, não conseguimos nos identificar ali. Levei muito tempo para entender que o César (vivido bem demais pelo Antônio Fagundes) apesar de escroto, poderia sim existir na vida real. O fundo de surrealidade na história não permitia, e acho que isso pode ter atrapalhado muito na mensagem do autor na novela _se é que no final das contas ele tinha alguma para passar.
Amor à vida no final das contas se mostrou muito esquisita desde do ínicio, com personagens com atitudes muito contraditórias e inexplicavéis _como o Bruno não registrar a sua filha Paulinha, não seria dificil que ele conseguisse a adoção dela caso contasse a verdade; a atitude ignóbil da Paloma de não confrontar o namorado sobre a filha dele_ afinal, se ele tivesse realmente roubado a filha dela como ela "concluiu" ele NÃO se envolveria com a mãe dela certo? Isso são só dois exemplos do que aconteceu com muito personagens da novela, e esses dois eram o casal principal (pelo menos no ínicio).
Outra coisa que incomodou bastante foram as diversas cenas e personagens misóginas. A grande história em volta da piriguete  encheu, e olha que não foi por causa da Tatá Werneck, e sim da repetição do termo, mil vezes, por diversos personagens da trama. Ouvir todo dia, que ahh a PERIGUETONA, e  a periguete filha, não merecem ter ninguém, não ser mulher para casar, devem viver em condições horríveis porque não são moças de família, ahh você é um idiota por viver atrás dessa periguete realmente encheu. Principalmente por que vinha da família de um dos personagens principais da novela e poxa, ninguém contrariava o que era dito (será que realmente a "periguete" deveria ser julgada pela roupa que usava? E porque essa preocupação exagerada de ficar cuidando da vida dos outros?). Gosto do jeito exagerado do Fulvio Stefanini, mas o personagem dele _ vale lembrar que não é o primeiro desse tipo; era sim um machista misógno, não importa o quão engraçado ele soasse. Acho que ele podia ter sido melhor aproveitado, junto com muitos outros, como a Gigi, que praticamente entrou muda e saiu calada, e ao mesmo tempo tentando encontrar um marido que a sustentasse. Gente! Porque não mostrar essa mulher tentando contornar a súbita perda da riqueza ao invés de cair nesse esteriótipo?

Além disso, há o "famoso" Hospital San Magno, que se pareceu muito com uma adaptação da série Greys Anatomy, com a diferença de que nela há uma preocupação muito maior com os pacientes e com a medicina em si, além dos dramas amorosos e  existenciais da trama. A novela não chegou nem perto disso, e estereotipou da pior forma possível: comportamentos inadequados mostrados como normais, como um médico desmarcar todos os pacientes Todo dia, Toda hora, para ficar atrás sexo; comentários horríveis perto dos pacientes. Mostrar mulheres com câncer tentando recuperar a auto-estima não muda essa coisas lamentáveis que foram ao ar.
Sorry Caio Castro, mas sou mais Derek Sheperd
 Para complicar ainda mais, esse é o cenário da trama da Perséfone (Fabiana Karla), uma enfermeira que inicialmente não suportava a "terrível" ideia de não conseguir perder a virgindade e por isso se envolvia em todo tipo de situação ( que poderiam ser realmente perigosas se uma mulher resolvesse fazer isso). Além disso ela é gordinha, o que seria uma boa oportunidade para abordar a gordofobia, exceto se o texto não parecesse que acontecia numa sala de aula de quarta série, ao invés de num hospital. É verdade que preconceito não tem lugar e classe social, mas o comportamento dos companheiros e até "amigos" da Perséfone era deplorável. E a educação? E tipo, e o código de ética que deveria ser obrigatório no hospital? Quando ela se casa com o personagem do Rodrigo de Andrade, é aí que a coisa se torna mais rídicula. Comentários horrorosos até vai, mas "a você casou com uma gorda, gorda, gorda, gorda, nhenhenhe" é inexistente. Alguém avise para o Walcir Carrasco que os preconceitos são bem mais sutis do que ele pensa!
Mesmo assim, essa parte ainda salva um pouco, a partir do amadurecimento da personagem. A Perséfone vai se aceitar, e abandonar o marido que não consegue perceber seu preconceito interiozado, que vive falando para ela cuidar da saúde enquanto a empurra para dietas malucas. Acho isso importante, pois enfim o preconceito da quarta série parou e entrou em pauta a famosa gordofobia que persegue muita gente, transvestida no "melhor para saúde", "ah você não esforça, é preguiçosa".  Mostrou como é preciso muita coragem e autoconfiança para lidar com isso. apesar de não ter mostrado que isso não é tão fácil assim de conseguir

domingo, 2 de fevereiro de 2014

O rolezinho e as várias facetas atrás dele

.Já ouvi muita gente reclamando... Pessoalmente, eu não vi a confusão no dia e portanto eu não sei bem o que aconteceu. Uma reunião de jovens foi vetada de ir no shopping, por medo de sei lá,  lotação,  arrastão, funk alto? Eram mais de 600 pessoas, um número digamos, bem grande. O pessoal parece se encontrar no shopping e lá ficar, batendo papo, por exemplo. Convenhamos, não é algo muito diferente do que você e seus amigos fazem quando vão lá ( mas você nunca conseguiu juntar 100 pessoas concerteza). Mas esses jovens foram reprimidos pelo medo dos outros... por que? Eram jovems de classes mais baixas, o que estavam fazendo lá?  Aí você na tela do computador para e pensa: coisa boa não deve ser né? Lembra do arrastão, dos assaltos... só não se lembra que você também faz isso toda semana, ir dar um role no shopping.  Afinal de contas, era um rolezinho,  não é?
Eu sei que há os dois lados da situação,  que realmente houve roubos, e uma discriminação desses jovens por estarem lá apesar de não poder consumir. Eles "espantaram" a freguesia, mas ao mesmo tempo foram proibidos de ir e vir, num lugar considerado "público"(mas vale lembrar que é propridade privada). Eu queria expressar uns pontos que achei interessante  na discussão toda que surgiu.
Muitos falaram em um apartheid, mas isso é exagero.  Não dá para comparar as duas coisas, felizmente,  já que isso tornaria a situação pior. Isso não quer dizer que não houve discriminação racial e econômica,  e isso aconteceu sim. Gostei muito da comparação ao flash mob, que também é a reunião de um numeroso grupo de pessoas. Ele não seria barrado, talvez por ser considerado algo "de elite" ou "organizado". Então outros encontros não podem?
"Tem tudo é que apanhar e ir para cadeia mesmo". Ah, eu queria ver se fosse seu filho. Ah não esqueci, é aqueles muleques vagabundos_ que você não conhece e portanto nao sabe se é vagabundo ou não; que deviam estar na escola_ nas férias?  Tem cursos especias por aí.  Mas aliás,  nenhum curso é de graça.  Os acampamentos são bem carinhos. Só para você saber.
Isso agora sem contar os argumentos pseudointelectuais, de que esses meninos deveriam estar lendo, ouvindo música "boa". E eu posso rebater com argumentos econômicos de novo: livros e cd's no Brasil são caros e portanto pouco acessíveis as massas. Como você quer que todo mundo ouça pinlkfloyd se o CD custa quase 50, 00 reais? Sejamos coerentes, é complicado. Livros idem.  As bibliotecas tem que ser enormes, para comportar todo mundo.
Agora, uma coisa é certa: não há espaço para esses jovens. Não há um espaço para se ir onde não seja obrigatório consumir. Se é incomodo para quem não gosta de consumir, imagina para quem não pode? É hostil,  desafiador.  Os comerciantes ficam incomodados, afinal, essas pessoas não servem para eles _ a ideia é essa mesmo, a desumanização. Não fique horrorizado: você seria tratado do mesmo jeito numa loja destinada à uma classe muito superior a sua. Aí entrou a parte do capitalismo na história, que não adianta ignorar. Ele é excludente sim, e sempre alguém nao será bem vindo aos centros de consumo, pois afinal, lá lugar de comprar e  não de ficar dando rolezinho.
No final disso tudo, não é só pro pessoal do rolezinho que não há espaço. Não há lugares para se discutir, refletir,  tocar música e e divertir gratuitamente. É difícil recitar poemas, ler livros. Tudo hoje é complicado demais. Não há espaço para mais nada. E a repressão é sempre severa, e irracional. Dez mil de multa por ter entrado no shopping, por exemplo

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Matenhamos Viva a Arte

Uma brincadeira que vi no face de uma amiga, em que te dão o nome de um artista para postar uma obra dele no face. A medida que as pessoas vão curtindo, você da nome de artista para elas para elas também procurarem uma obra para postar. Achei legal porque te dá a oportunidade de pesquisar mais sobre grandes nomes da arte, e suas pinturas. O que escolheram para mim foi o Monet
e a obra que escolhi para o blog foi essa: Impressão, nascer do sol (1872)

Curiosidade: essa obra foi a que inaugurou o movimento reformista.